Ergui uma choupana em meio á arbustos,onde o ser humano não disputava ou mesmo teria coragem de invadir.Nela vivi rodeada de natureza selvagem.Eventualmente algum animal se alimentava, sem ficar por mais de uma hora.Nas noites de breu intenso,eu ouvia suas patas na folhagem seca.E então eu os abandonei:choupana,floresta,animais.
Ergui uma casa sobre uma pedra,rente ao mar,e nela permaneci por muito tempo em completa inclusão eu/mar/areia.
E por trás dos vidros,nem mesmo os temporais me amedrontavam.
Então num certo dia pus meus pés na areia e não voltei a cabeça num ultimo olhar.
Ergui um arranha-céu,onde o isolamento parecia possível,Então me abasteci de valores e alimentos,Ali permaneci por dias a olhar o anil sobre mim.
E passado algum tempo eu desci,caminhei por entre pedestres e carros;eu
me reconheci entre outros de minha espécie,e mesmo assim deixei tudo para trás.
E então ergui em uma nuvem ,um toldo, e desse roto e perfurado pano,procurei
divisar o céu esquecendo-me que já estava nele.
Não pude mudar ou contar estrelas,pois já as tinha ao alcance das mãos,e não havia percebido;E num momento de estado de graça ,reconheci que fazia parte delas e do infinito.Não poderia retroceder,mudar ou partir,havia me tornado uma luz.
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