Sinto pouco o espaço
Entre mim e a sanidade
Em pedaços de sonhos frugais
Em fugas inserçantes
Sinto enorme o vazio
Entre os nós cegos do meu outro"eu"
Cujos caminhos em momento de extrema insanidade
Tracei
Sinto pelo tempo que me tirou
A ousadia de orbitar
E me levou à indagação
Em memoráveis dias contados
De fascínio e prostração
E em noites frente á um relógio atemporal
Sinto o muito que perdi
O pouco que deixei de buscar
Sinto pela falta de não sentir
Meros sentimentos
Sinto muito pelos sentidos
Que irão se esgotar um dia
Sinto não poder equacionar
O que sinto
Sinto ensandecer não de alegria
Ou de tormento
Mas ver-me perdida num espaço imaginário
Faz-me
Inconcebível
Sem sentir
Sem sentido
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